sábado, 28 de maio de 2011

Esquizofrenia



O que é Esquizofrenia?

Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.

Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.

É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.

Como se desenvolve?


Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.

Quais os sintomas?


Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:

-Delírios:

O indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos

-Alucinações:

O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente

-Discurso e pensamento desorganizado:

O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica

-Expressão das emoções:

O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano

-Alterações de comportamento:

Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

Como o médico faz o diagnóstico?


Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.

Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais subtipos são: paranóide,desorganizada ou hebefrênica,catatônico,simples,residual.

Qual o Tratamento?

Uma vez que a causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, os tratamentos atuais focalizam na eliminação dos sintomas da doença. Os tratamentos incluem medicamentos antipsicóticos e tratamento psicossocial. Os tratamentos disponíveis podem aliviar muitos dos sintomas, porém a maioria da pessoas com esquizofrenia deve ter que enfrentar alguns sintomas residuais pela vida toda. Apesar disso, hoje em dia muitas pessoas com esquizofrenia conseguem levar vidas construtivas em suas comunidades. Pesquisas estão desenvolvendo medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para achar formas de prevenção e tratamento.

Orientações para familiares e pacientes

Passado o surto agudo, os pacientes podem beneficiar-se participando de diferentes programas que vão ajudá-lo a reintegrar-se na sociedade. São programas que incluem desde terapia cognitiva específica para transtornos esquizofrênicos a fim de ensiná-los a lidar com os sintomas e a doença, até um treinamento de profissionalização para aqueles que não conseguem retomar as atividades que exerciam antes ou treinamento em oficina abrigada para ajudá-lo a reintegrar-se na sociedade. O tratamento ideal é sempre o que proporciona melhor reintegração social do paciente.



 
Referências:

Disponível em : http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189 Acesso em: 28/05/2011

Disponível em: http://www.copacabanarunners.net/esquizofrenia-2.html Acesso em: 28/05/2011

Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/1983/esquizofrenia Acesso em:28/05/2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bullying

O que é Bullying?


Segundo Olweus, é um comportamento agressivo e persistente com a intenção de causar dano físico ou moral em um ou mais estudantes que são mais fracos e incapazes de se defenderem. Costuma ser caracterizado por atos repetidos de agressão e dominação.

Para esclarecer o que é bullying, um cientista sueco, Dan Olweus, afirma que os três termos essenciais: o comportamento é agressivo e negativo; o comportamento é executado repetidamente; o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Além disso, divide-se em duas categorias: bullying direto; bullying indireto. O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores masculinos. Bullying indireto é mais comum entre meninas se caracteriza por inibir a vítima fazendo com que esta acabe por se isolar.


Como é praticado o bullying?

• Ataques físicos contínuo contra uma pessoa ou seus pertences;

• Fofocas;

• Depreciar a vítima sem nenhuma razão;

• Intimidar a vítima a fazer o que ela não quer;

• Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa;

• E atualmente, há a utilização dos instrumentos tecnológicos para praticar o cyberbullying.

Características da vítima

• Apresentam um comportamento tímido, inibido;

• Se sentem vulneráveis;

• Tem medo ou vergonha de forma intensa;

• Autoestima bastante prejudicada;

• Podem sofrer de dores de cabeça ou abdominais, insônia;

• Dificuldades nas relações sociais.

Os agressores


• Se sentem bem em intimidar os colegas, pois alcançam status com isso;

• Apresentam uma combinação de baixa autoestima, atitudes agressivas e provocativas e prováveis alterações psicológicas, merecendo atenção especial.

• Podem ser depressivas, ansiosas, inseguras e inoportunas, procurando humilhar os colegas para encobrir suas limitações (Lopes, 2005).

Os atos podem ser denunciados?

Os atos que violam o Estatuto da Criança e do Adolescente podem ser denunciados através do Boletim de Ocorrência na delegacia ou no Ministério Público. No Brasil, dependendo da gravidade, pode haver aplicação de medidas sócio-educativas.

Pesquisa No Brasil

Pesquisas feitas no Brasil, apontam que a prática do bullying se faz presente no contexto escolar do nosso país.  Uma pesquisa do IBGE  ressaltou que as cidades de Brasília e Belo Horizonte são as que apresentam um maior índice de bullying.

Casos que tiveram destaque no Brasil:

• Em São Paulo - uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam;

• Em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo durante o bullying;

• Na USP, o jornal estudantil O Parasita ofereceu um convite a uma festa brega aos estudantes do curso que, em troca, jogassem fezes em um gay;

• Em 2011, o Massacre de Realengo, no qual 12 crianças morreram  por tiros, foi atribuído,  a uma provável vingança por bullying. O atirador, que se suicidou o ocorrido, também chegou a declarar que o bullying sofrido na época de estudante era umas das motivações para ter atirado nas crianças.


Escola e Família devem estar atentas!

Tanto os pais quanto a escola são fundamentais para identificar o bullying. Mas, não apenas identificar como também prevenir o bullying entre as crianças, fazendo com que estes reflitam sobre o que é, por que ocorre, se reagir de forma violenta é a melhor solução. Os pais devem estar presentes e observar o comportamento dos filhos e auxiliá-los.

Segundo Bandeira e  Hutz: “A escola desempenha um papel de grande importância no desenvolvimento social de crianças e adolescentes e não pode ser considerada apenas como um espaço destinado à aprendizagem formal ou ao desenvolvimento cognitivo. Portanto, a escola precisa se transformar, adaptar-se à realidade e às demandas culturais atuais e atuar no sentido de prevenir e controlar o bullying, assim como outros comportamentos interativos inadequados e prejudiciais ao desenvolvimento, e não funcionar como um agente mantenedor do sofrimento psicológico dos envolvidos nessas situações.”

Autores ressaltam que as características do bullying se não forem verificadas, serão levadas para a vida adulta e poderá acarretar à consequências graves. Por isso, é imprescindível que a escola e a família observem o comportamento das crianças e tomem providências quando forem necessários.



Referências:


BANDEIRA, Cláudia de Moraes &  HUTZ, Claudio Simon. As implicações do bullying na auto-estima de adolescentes.  Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n1/v14n1a14.pdf .Acesso em : 13 maio. 2011

BULLYING- Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying  Acesso : 13 de maio. 2011


VIEIRA, Timoteo Madaleno ; MENDES, Francisco Dyonísio Cardoso ; GUIMARÃES, Leonardo Conceição  De columbine à virgínia tech: reflexões com base empírica sobre um fenômeno em expansão. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722009000300021&script=sci_arttext  Acesso em: 13 de maio. 2011

ZAINE Isabela , REIS; Maria de Jesus Dutra dos, PADOVANI, Ricardo da Costa . Comportamentos de bullying e conflito com a lei. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v27n3/09.pdf  Acesso em : 13 de maio. 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

X CONPE – Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional


Tema:  Psicologia Escolar e Educacional: Caminhos Trilhados, Caminhos a Percorrer
03 a 06 de julho de 2011

É com grande satisfação que a ABRAPEE – Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional convida psicólogos e profissionais que atuam no campo da educação bem como alunos de graduação, pós-graduação, pesquisadores e docentes para participarem do X CONPE – Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional na Universidade Estadual de Maringá, na cidade de Maringá, Paraná.

A temática desta décima edição do Congresso Psicologia Escolar e Educacional: Caminhos Trilhados, Caminhos a Percorrer visa destacar os vinte anos da ABRAPEE enquanto entidade na luta pela inserção do psicólogo no campo educacional, articulando e apresentando as principais contribuições da Psicologia para o campo da educação escolar e educacional em uma perspectiva da educação para todos e de uma sociedade democrática.

O Congresso contará com a apresentação de estudos e pesquisas, exposições, lançamentos de livros, relatos de experiências e de atuação em discussão no âmbito acadêmico, científico e profissional no campo da Psicologia Escolar e Educacional.

Objetivos do Evento:
  • Resgatar a história da Psicologia Escolar e Educacional construída pela ABRAPEE.
  • Aprofundar as questões teóricas e práticas concernentes à Psicologia Escolar e Educacional no Brasil.
  • Congregar profissionais e pesquisadores das áreas da Psicologia Escolar, Educacional e afins das diversas regiões brasileiras.
  • Sensibilizar a sociedade sobre a importância da psicologia na educação como forma de promover a saúde humana, enfrentando o fracasso escolar, as dificuldades vividas no processo de escolarização, dentre outros aspectos.
  • Contribuir para a formação do psicólogo escolar e do educador, considerando as características regionais, nacionais e internacionais.
  • Favorecer a melhoria dos serviços psico-educacionais, de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.
  • Fomentar o desenvolvimento de estratégias políticas a serem implementadas por psicólogos escolares e educadores, visando a melhoria das condições educacionais no país.
  • Criar condições para o desenvolvimento de programas nacionais que contribuam para a socialização dos conhecimentos em nível nacional.
Presidente do Congresso: Drª Beatriz Belluzzo Brando Cunha
Presidente de Honra: Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Maringá Prof. Dr. Julio Santiago Prates Filho
Presidente da Comissão Organizadora: Drª Marilda Gonçalves Dias Facci – UEM
Presidente do Comitê Científico: Drª Marilene Proença Rebello de Souza – USP

Mais informações: http://www.conpe.com.br

domingo, 15 de maio de 2011

O que é o CAIS?


O CAIS (Centro de Atenção Integral à Saúde) é o prédio que foi construído para barcar as ações da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho (DSST) do Departamento de Apoio ao Servidor(DAS)/PROCOMUN. Há época, observou-se a necessidade de um espaço físico mais amplo onde desenvolver um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, voltadas à promoção da saúde e a prevenção de agravos, de primeiro nível de atenção do sistema de saúde, além de tratamento e reabilitação visando a boa qualidade de vida dos servidores e do meio ambiente.

Hoje novamente observa-se, com a implantação do primeiro Módulo do Sub-Sistema Integrado de Atenção a Saúde do Servidor (Programa Nacional)-SIASS, que o espaço novamente precisa ser expandido para atender a demanda da UFAM.


Localização do CAIS: Atrás do prédio Paulo Buhrhein, ao lado das salas de aula da Faculdade de Educação Física (Mini CAMPUS - UFAM).

OUTRAS INFORMAÇÕES
 

Departamento de Apoio ao Servidor - DAS

Direção:

MARIA NILBA FERREIRA COUTO - Diretora do Departamento Apoio ao Servidor/DAS.
MARIA JOSÉ BRASIL ARANHA - Diretora da Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho/DSST.
RENATA COSTA PINHEIRO - Diretora da Divisão de Desenvolvimento Social/DDS


 

O DAS tem como seu principal objetivo, estabelecer diretrizes para viabilização da política social de Apoio ao Servidor da UFAM, garantindo a implementação na Instituição, voltada a humanização e qualidade de vida dos servidores.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Psicodiagnóstico

O que é?
É um processo de avaliação psicológica na qual o psicólogo tem o objetivo de conhecer a personalidade, o jeito de ser do cliente/paciente que o procura para atendimento. Pode ser a primeira etapa de um processo psicoterapêutico (do tratamento psicológico), em que se escuta e investiga a queixa ou motivo que levou a pessoa a procurar o psicólogo. No psicodiagnóstico deve-se entender e conhecer o cliente/paciente para planejar um tratamento adequado para seu caso.
 
Como é realizado?
É realizado em sessões com o psicólogo e nestas o profissional faz perguntas sobre o que o levou a procurar atendimento psicológico, sobre sua vida (história de doenças, acontecimentos marcantes), aplica-se testes psicológicos para entender a personalidade, a inteligência e o comportamento. 


Como é concluído?
vApós as sessões é realizada a devolutiva, onde o psicólogo explica a seu cliente/paciente os resultados encontrados no processo, isto é, como é sua personalidade, seu modo de ser. Esclarece sobre a proposta de atendimento futuro ou psicoterapia indicada, e, se houver necessidade faz encaminhamentos para outros profissionais que ajudem a resolver as questões levantadas. 


Bibliografia:

ARZENO, M. E. G.. Psicodiagnóstico clínico. Porto Alegre: Artes. Médicas, 2003.

STEINER, J. Refúgios Psíquicos: organizações patológicas em pacientes psicóticos, neuróticos e fronteiriços. Rio de Janeiro: Editora Imago,1997.


BOHN, E. (1953) Manual Del Psicodiagnóstico de Rorschach. Madri: Morata, 1973.