quinta-feira, 28 de julho de 2011

DEPRESSÃO

Definição (segundo o Dicionário Aurélio):

Estado mental caracterizado por tristeza, desespero e desestímulo quanto a qualquer atividade.

A depressão

É o nome atribuído a um conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento, com distúrbio do humor e ou anedonia (perda ou diminuição do interesse pela vida).

No seu início:

Apresenta-se como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida. A medida que se agrava, a depressão faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixado na própria compaixão na descrença da recuperação da saúde.

Normalmente...

Porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sobre expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir a situação vexatória, desagradável, por muito tempo.

Três tipos de depressão:

• Depressão Reativa: É uma reação a alguma situação vivencial traumática;

• Depressão Secundária: Mostra-se secundária à alguma condição orgânica;

• Depressão Endógena: É constitucional, atrelada à personalidade.

Sintomas:

Partindo-se de um estado de ânimo retraído, de determinadas condutas e de pensamentos depreciativos (culpa, inutilidade, abandono...), juntamente com determinadas manifestações fisiológicas, tais como a perda de peso, insônia, dores incaracterísticas, somatizações, existem autores que propõem alguns sintomas para confirmar o diagnóstico da depressão.

Spiltzer indicou vários sintomas de depressão pelo menos por 2 ou mais semanas:

 Sentimento de estado de ânimo diminuído durante este tempo.

 Presença de pelo menos quatro dos sintomas seguintes:

 aumento ou diminuição do apetite,

 aumento ou diminuição do sono,

 diminuição da energia,

 sensação contínua de fatiga ou cansaço,

 perda de interesse,

 perda de prazer nas relações sociais,

 perda de prazer nas atividades cotidianas,

 sentimentos de reprovação ou culpa de si mesmo,

 lentificação ou agitação psicomotora,

 queixas ou evidência de diminuição na capacidade de concentração.

 Alterações no funcionamento cotidiano da pessoa (interação social, nível de atividade e busca de ajuda profissional), como causa ou conseqüência da depressão.

Os sintomas mais freqüentes

Costumam ser inquietação psicomotora (depressão ansiosa), sintomas depressivos (insuficientes para categorias de diagnóstico formal), somatizações variadas, sinais de alterações vegetativas, perda da auto-estima, sentimentos de abandono e dependência, eventuais sintomas psicóticos, déficit cognitivo variável, idéias de ou suicídio.

Também podem surgir:

Em menor escala pode surgir alterações do sono, alterações do apetite, reconhecimento dos sintomas psiquiátricos, perda de energia, sensação de culpa, tristeza subjetiva, diminuição da concentração e pensamentos sobre a morte.

O diagnóstico da depressão

É baseado na história clínica, nos antecedentes afetivos pessoais e familiares bem como no julgamento de elementos sócio-psicológicos associados e possivelmente facilitadores.

O que pode ser feito para ajudar o tratamento em depressivos?

Uma pessoa depressiva deve ter acompanhamento médico precisando às vezes de medicamentos e tratamento psicoterápico ou até todos eles. É necessário a ajuda dos parentes mais próximos, pois ao contrário do que se pensa, depressão não é preguiça ou falta de força de vontade. E nos casos depressivos, o apoio familiar e de pessoas próximas é imprescindível para o tratamento.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Memória e outros elementos

 O envelhecimento está associado a dificuldades de memória e à lentidão de raciocínio, porém deve-se saber que:

(1) Existem diferentes memórias e que apenas algumas sofrem um decréscimo durante o envelhecimento;

(2) Que outras funções cognitivas, como atenção e planejamento podem afetar tanto a memória como a compreensão de linguagem;

(3) E que outros fatores de ordem biológica (alimentação adequada) ou psicológica (estado de humor positivo) influem na manutenção das funções cognitivas.


Memória e suas classificações

Ela pode ser classificada por diferentes aspectos, como:

 O aspecto temporal: Algumas lembranças fazem referência a conhecimentos recentemente adquiridos. O mecanismo de memória dessas lembranças chama-se Memória de Curto Prazo. Outras lembranças, ao contrário, fazem referência a conhecimentos adquiridos há muito tempo. Elas estão armazenadas numa memória chamada de Longo Prazo.

Memória Procedural ou de trabalho: É uma memória que torna uma pessoa capaz de fazer uma tarefa complexa que envolve duas ou mais atividades que precisam ser realizadas ao mesmo tempo.

Memória Semântica: guarda o significado de objetos e fatos.

A memória de procedimento (também chamada implícita): armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão.

A memória declarativa (também chamada explícita): armazena e evoca informação de fatos e de dados levados ao nosso conhecimento através dos sentidos e de processos internos do cérebro, como associação de dados, dedução e criação de idéias

 Memória Prospectiva ou memória de agenda: Ela exige muitos mecanismos atencionais, mas também outros mecanismos cognitivos importantes: planejamento, intenção e motivação.

Fatores interferentes na memória

 As preocupações com os problemas diários, a ansiedade e, em muitos casos, a depressão, são fatores que turvam a atenção e, como conseqüência, impedem a retenção de informações novas, gerando a impressão de que a “memória está falhando”;

 O interesse pessoal;

 A vivência de fatos com alta carga emocional.
Alzaimer: doença do esquecimento

O Alzaimer ou Alzheimer é uma doença de causa desconhecida que provoca a degeneração do sistema nervoso central. A doença é a causa mais freqüente de demência e afeta sobretudo a memória. O sintoma mais evidente é a acelerada perda das capacidades intelectuais

Sintomas de Alzaimer

 Os sintomas da doença de Alzaimer podem passar sem ser percebido no início porque são sintomas que normalmente se associam ao processo natural do envelhecimento. Porém alguns sinais são importantes no diagnóstico do Alzaimer, como por exemplo:

 Perda de memória sobre os fatos recentes;

 Falta de capacidade de concentração nas atividades cotidianas;

 Dificuldades progressivas na expressão e compreensão da linguagem; e

 Desorientação espacial.

Para lembrar-se de tarefas futuras é preciso:

(1) fazer um bom planejamento das atividades do período até a ação que deve ser memorizada;

(2) ter uma intenção forte de lembrar de realizá-la para ser capaz de ativar a lembrança no momento certo e, conseqüentemente,

3) ter um alto grau de motivação, ou seja, querer realizar tal tarefa


Importante ressaltar que:

Sem motivação, ou um planejamento adequado não é realizado, a intenção torna-se muito frágil para ativar uma lembrança que se faz necessária. É extremamente relevante o diagnóstico precoce das falhas de memória.


Texto de : VASCONCELOS, A. S.; PEREIRA, A.P

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Psicologia do Esporte

Quando surgiu?

A Psicologia do Esporte teve seu início entre final do século XIX, início do século XX (Rose Junior, 1992). Em função do alto índice de aperfeiçoamento técnico dos atletas, percebeu-se que havia atitudes psicológicas que favoreciam alguns atletas, o que motivou o início das investigações dos fenômenos psicológicos relacionados à prática esportiva (Epiphanio, 1997).

No Brasil seu início ocorreu mais tardiamente, na década de 50. Mais precisamente em 1954, com um trabalho realizado para seleção de juízes da Federação Paulista de Futebol. Após este trabalho, o psicólogo João Carvalhaes iniciou, junto ao São Paulo Futebol Clube, o acompanhamento psicológico dos jogadores (Silva, 1984).

Qual seu objetivo?

A Psicologia do Esporte tem como objetivo compreender e lidar com os fatores psíquicos que interferem nas ações do exercício físico e no esporte. Além disso, precisamos estar atentos na influência dos fatores cognitivos, motivacionais e emocionais que estão diretamente ligados na questão do desempenho esportivo.

Qual a função do psicólogo do esporte?

O trabalho do psicólogo é fazer com que o atleta busque o equilíbrio, tanto físico quanto mental. O psicólogo do esporte trabalha no sentido de desenvolver no atleta maior percepção de seu corpo e mente. Os resultados são muitos, como aumento da concentração durante jogos, diminuição do estresse, automatização de cuidados básicos, velocidade de raciocínio para melhores respostas durante o jogo, entre outras.

Outra interessante atuação do psicólogo em contextos esportivos estaria interligada a um movimento de ação social, rumo à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Referências


http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v19n3/08.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_esportiva

http://www.lifepsicologia.com.br/lifepsicologia/psicologia_esporte/

domingo, 3 de julho de 2011

Psicologia Jurídica

O que é psicologia jurídica?

É uma vertente de estudo da Psicologia, consistente na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental e quanto aos estudos sócio-jurídicos dos crimes.

No Brasil, o termo Psicologia Jurídica é o mais adotado. Entretanto há profissionais que preferem a denominação Psicologia Forense. O termo forense nos leva a idéia de fórum, tribunal, já a palavra “jurídica” da um sentindo mais amplo e abarca os conhecimentos do Direito.

Qual é o seu objetivo?

O objeto de estudo da psicologia jurídica, assim como toda a psicologia, são os comportamentos que ocorrem ou que possam vir a ocorrer, porém não é todo e qualquer tipo de comportamento. Ela atua apenas nos casos onde se faz necessário um inter-relação entre o Direito e a Psicologia, como no caso de adoções, violência doméstica, novas maneiras de atuar em instituições penitenciarias, entre outros.

Quais as áreas de atuação?

A Psicologia Jurídica atua nas seguintes áreas: Psicanálise forense,Psicologia criminal,Psicologia obrigacional e do consumidor ou ainda Psicologia civil, Psicologia da família,Psicopatologia trabalhista e Psicologia judiciária.

Quais são os objetivos de algumas dessas áreas?

Psicologia Forense: tem como objetivo traçar estudos inter relacionados entre as Leis vigentes e a mente humana e seu conteúdo.



Psicologia Criminal: é um ramo da psicologia jurídica que trata de analisar racionalmente e empiricamente o comportamento criminoso,utilizando estudos da personalidade ,estrutura mental.



Psicologia Judiciária: é o ramo da psicologia jurídica (ou forense) que se dedica a analisar algumas situações que ocorrem dentro dos fóruns, tribunais e cartórios em geral sob perpectivas psicológicas.



Referências:

http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/psicologia-juridica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_jur%C3%ADdica



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Psicologia da Saúde

Qual é a função?

Compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença (APA, 2003)

O Papel do Psicólogo da Saúde

Trabalhar a humanização dos médicos, pacientes, atendimentos e dos cuidadores.

No Brasil...

É uma área que tem sido buscada por psicólogos nos últimos 15 anos, tanto no Brasil quanto em outros países da América Latina

Principais objetivos do Psicólogo da Saúde:

• Avaliar o papel do comportamento na origem da doença;

• Predizer os comportamentos prejudiciais para a saúde;

• Promover um comportamento saudável;

• Prevenir o aparecimento da doença;

Área de Atuação do Psicólogo da Saúde

Ambulatório, Enfermarias, Serviços de Pronto-Atendimento e Emergência, Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico, Comunidades.

Os Psicólogos da saúde podem desenvolver as seguintes atividades:

• A avaliação de pacientes candidatos a diferentes procedimentos cirúrgicos;

• Auxílio na reabilitação de pacientes com deficiências físicas;

• Atendimento em psicologia pediátrica e saúde do trabalhador

Tem contribuições de diversas áreas:

Psicologia clínica, Psicologia comunitária, Psicologia social, Psicobiologia

A intervenção do psicólogo na saúde

• Ajuda na melhoria do bem-estar psicológico e da qualidade de vida dos pacientes nos serviços de saúde.

• Contribui para a redução de internações hospitalares.

• Pode levar à redução da utilização de medicamentos

• Utilização mais adequada dos serviços e recursos de saúde

• Humaniza o serviço de saúde

Alguns fatores que o Psicólogo da Saúde deve atentar, em se tratando dos pacientes:

A Atribuição de causalidade: Atribuir estado negativo (doença) causando depressão, pessimismo influi na saúde física das pessoas.

Apoio Social: fundamental para os pacientes, o apoio dos familiares e amigos (ao invés de estranhos).
Diferenças

• Há confusões para distinguir a psicologia clínica, hospitalar, da saúde...

• Psicologia Hospitalar não existe em outros países

• Psicologia da Saúde= Psicologia Hospitalar

Considerações Finais

O trabalho do Psicólogo da Saúde é ajudar no tratamento dos pacientes, buscando a humanização dos tratamentos. Não se pode excluir todos os envolvidos, pacientes, médicos, familiares. O principal objetivo é permitir que o paciente tenha o melhor atendimento possível, sem esquecer o trabalho de humanização entre os envolvidos no processo de recuperação.

Referências:

Trabalho desenvolvido na disciplina “Psicologia Social I”, no 1º semestre de 2010, pelos alunos de 3º período da Faculdade de Psicologia/UFAM. Os alunos envolvidos neste trabalho são: Adriana Cota, Aline Souza, Angelina Paiva, Cristiane Souza, Eduardo Souza e Werner Borges.


terça-feira, 7 de junho de 2011

I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação



Nos dias 29 de junho a 01 de julho de 2011 será realizado o I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação, com o tema: Criatividade e Inovação: Visão e prática em diferentes contextos. O evento ocorrerá na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

PÚBLICO ALVO

O público alvo do I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação será formado por pesquisadores, profissionais e estudantes de Administração, Antropologia, Artes, Design, Comunicação, Educação, Engenharias, Ética, Políticas Públicas, Psicologia, Saúde e áreas afins.

A Programação pode ser visualizada por meio do link:


CURSOS


Emprendedurismo y creatividad: vinculación y estrategias para su desarrollo
Dra. Manuela Romo Santos (Espanha)

Desenvolvimento de processos cognitivos criativos: aplicações práticas a diversos contextos
Dra. Maria de Fátima Morais da Silva (Portugal)

PROBLEMAÇÃO: como transformar a criatividade individual em inovação rentável para a organização
Dr. Fernando José Vieira Cardoso de Sousa (Portugal)

Renovação pedagógica: arte e educação criativa
Dr. Julio Romero Rodriguez (Espanha)

How to identify gifted children
Dr. Steven I. Pfeiffer (Estados Unidos)

Estímulos e barreiras à criatividade no contexto escolar
Dra. Denise Fleith
Dra. Eunice Soriano de Alencar

A linguagem da arte: vivência com imagens e suas significações
Dr. Marcos Rizolli (Mackenzie, Diretor da CRIABRASILIS)

A arte da terra
Dra. Regina Lara (Mackenzie, Presidente da CRIABRASILIS)
Msc. Djalma Barros (Mackenzie)

OFICINAS

Processos criativos e inovação empresarial
Guilherme Veríssimo

Criatividade fluindo em forma de aquarela
Norberto Stori

A coragem de criar: o poder de construir e fazer
Denise Bragotto

Más allá de la inteligencia emocional: la educación de la socioafectividad
Dr. Antonio Rodríguez Hernande

MESAS REDONDAS

O papel da criatividade na saúde
Coordenação: Joel Giglio (UNICAMP)
Zula Giglio (UNICAMP)
Elizabeth Zimmerman (UNICAMP)
Lúcia Helena Reily (UNICAMP)

Criatividade e expertise: modelos teóricos e estudos empíricos
Coordenação: Eunice Maria Lima Soriano de Alencar
Afonso Galvão
Denise de Souza Fleith
Mônica Souza Neves-Pereira

Superdotação e criatividade
Coordenação: Tatiana de Cássia Nakano (PUC-Campinas)
Cristina Delou
Ângela Virgolim

Processos criativos em arte e design: combinando criatividade e inovação
Coordenação: Cecília Almeida Salles (PUC-SP)
Regina Lara (Mackenzie)
Ariane Cole (Mackenzie)

Cultura indígena e criatividade
Coordenação: Lino João de Oliveira Neves (UFAM)
Levi Marques Pereira (UFGD- MS)
Jorge Eremites de Oliveira (UFGD- MS)
Maria Alice d’Avila Becker (UFAM)

Criatividade: pesquisas no Amazonas
Coordenação: José Humberto da Silva Filho (UFAM)
Walter Adriano Ubiali (UFAM)
Elenara Dias Perin (UFAM)

Arte, linguagem e cultura escolar
Coordenação: Lucia Reilly (UNICAMP)
Marcos Rizolli (Mackenzie)
Ingrid Hotte Ambrogi (Mackenzie)

ÁREAS TEMÁTICAS

1. Cultura indígena e criatividade
2. Fotossíntese das palavras: processos de construção literária
3. Educação e arte
4. Criatividade na ecologia
5. Impacto social e empreendedorismo
6. Patentes
7. Empresas incubadoras
8. Ciência e tecnologia
9. Educação para talentos
10. Inovação e sustentabilidade
11. Processos criativos na história da arte
12. Saúde e genética
13. Invenções


Mais informações no site do evento: http://congressocriatividade.com.br/

REALIZAÇÃO:





I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação .Todos os direitos reservados. 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Esquizofrenia



O que é Esquizofrenia?

Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.

Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.

É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.

Como se desenvolve?


Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.

Quais os sintomas?


Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:

-Delírios:

O indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos

-Alucinações:

O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente

-Discurso e pensamento desorganizado:

O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica

-Expressão das emoções:

O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano

-Alterações de comportamento:

Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

Como o médico faz o diagnóstico?


Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.

Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais subtipos são: paranóide,desorganizada ou hebefrênica,catatônico,simples,residual.

Qual o Tratamento?

Uma vez que a causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, os tratamentos atuais focalizam na eliminação dos sintomas da doença. Os tratamentos incluem medicamentos antipsicóticos e tratamento psicossocial. Os tratamentos disponíveis podem aliviar muitos dos sintomas, porém a maioria da pessoas com esquizofrenia deve ter que enfrentar alguns sintomas residuais pela vida toda. Apesar disso, hoje em dia muitas pessoas com esquizofrenia conseguem levar vidas construtivas em suas comunidades. Pesquisas estão desenvolvendo medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para achar formas de prevenção e tratamento.

Orientações para familiares e pacientes

Passado o surto agudo, os pacientes podem beneficiar-se participando de diferentes programas que vão ajudá-lo a reintegrar-se na sociedade. São programas que incluem desde terapia cognitiva específica para transtornos esquizofrênicos a fim de ensiná-los a lidar com os sintomas e a doença, até um treinamento de profissionalização para aqueles que não conseguem retomar as atividades que exerciam antes ou treinamento em oficina abrigada para ajudá-lo a reintegrar-se na sociedade. O tratamento ideal é sempre o que proporciona melhor reintegração social do paciente.



 
Referências:

Disponível em : http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189 Acesso em: 28/05/2011

Disponível em: http://www.copacabanarunners.net/esquizofrenia-2.html Acesso em: 28/05/2011

Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/1983/esquizofrenia Acesso em:28/05/2011